O Kremlin considerou, esta quinta-feira, que é “positivo” que os serviços secretos dos Estados Unidos da América (EUA) tenham confirmado que acreditam que alguns responsáveis pelo ataque que matou Darya Dugina, filha do filósofo ultranacionalista Alexander Dugin, pertenciam ao governo ucraniano.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, foi confrontado com a notícia avançada pelo New York Times, jornal ao qual fontes dos serviços secretos norte-americanos disseram acreditar que oficiais ucranianos autorizaram o ataque ao carro onde seguia Darya Dugina e que foram repreendidos, sem especificar os envolvidos e se o presidente ucraniano estaria a par deste plano.
Peskov notou que a inteligência russa sempre defendeu que a Ucrânia estava por detrás da morte, que ocorreu em agosto, e disse que era "positivo" que os Estados Unidos partilhassem essa avaliação.
Darua Dugina morreu, aos 29 anos de idade, assim como o motorista que a levava no carro, que foi armadilhado. De acordo com informações russas oficiais, "o corpo estava tão gravemente queimado que a identificação imediata do corpo foi impossível". A Ucrânia negou qualquer envolvimento no ataque. As imagens do funeral da jovem levantaram ainda suspeitas sobre a morte, já que o seu rosto não estaria, aparentemente, queimado.
Na mesma conferência de imprensa, o Kremlin negou ainda os relatos de que 700.000 russos fugiram do país após a mobilização militar parcial anunciada por Moscovo e disse não ter números exatos de quantas pessoas deixaram a Rússia.
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