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MNE belga corta o cabelo no parlamento para apoiar mulheres iranianas

A ministra, com ascendência argelina, cortou uma mecha do seu cabelo, seguindo o exemplo da deputada Darya Safai, nascida no Irão. Uma outra deputada, Goedele Liekens, também cortou o cabelo.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Hadja Lahbib, e outras duas deputadas cortaram o cabelo no parlamento belga, num ato de solidariedade para com as mulheres iranianas e as manifestações antigovernamentais desencadeadas no Irão, após a morte da jovem Mahsa Amini sob custódia policial. 

A ministra, com ascendência argelina, cortou uma mecha do seu cabelo, seguindo o exemplo da deputada Darya Safai, nascida no Irão, que levou uma tesoura para o parlamento e cortou o seu cabelo após questionar ao governo qual a resposta da Bélgica à repressão das forças de segurança iranianas contra os protestos. Uma outra deputada, Goedele Liekens, também cortou o cabelo.

Durante a sua intervenção, Lahbib revelou que o governo belga irá pedir à União Europeia (UE) para aplicar sanções ao Irão na próxima reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco europeu.

Ainda na terça-feira, uma eurodeputada cortou o cabelo durante um discurso no Parlamento Europeu. "Três semanas em que as mulheres iranianas mostram coragem contínua", frisou a sueca Abir al-Sahlani, que nasceu no Iraque.

Mahsa Amini foi detida a 13 de setembro pela polícia da moralidade em Teerão por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica. Morreu três dias depois.

A sua morte originou protestos no país, com as mulheres iranianas na vanguarda, e ainda ações de solidariedade em várias regiões do mundo. As manifestações, as mais importantes no Irão desde as ocorridas em 2019 contra o aumento do preço dos combustíveis, foram duramente reprimidas.

Pelo menos 154 pessoas morreram na sequência da repressão exercida pelas forças de segurança iranianas contra os protestos, segundo denunciou a organização não-governamental (ONG) Human Rights Iran (HRI), enquanto um balanço oficial se refere a cerca de 60 mortos, incluindo 12 membros das forças de segurança.

Leia Também: Irão. Relatório médico atribui morte de Mahsa Amini a doença

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