Os protestos ocorreram em Gaza e também em Deir Al Balah, com os palestinianos a oporem-se a "uma conspiração de deslocação", como afirmou Gamal al Mughayar, um dos manifestantes, à agência noticiosa espanhola Efe.
"Somos filhos deste país, é onde nascemos e não morreremos em nenhum outro lugar", disse também o palestiniano Ahmed Ali Abu Uda, presente na manifestação.
Há uma semana, no passado dia 24, o Presidente norte-americano apresentou a ideia de deslocar os habitantes da Faixa de Gaza para a Jordânia e o Egito, com o objetivo de "limpar" o território palestiniano.
Donald Trump comparou a Faixa de Gaza a um "campo de demolição" e foi aplaudido por membros de extrema-direita do Governo israelita. A Jordânia e o Egito já manifestaram discordância da proposta do Presidente norte-americano.
Quinze meses de guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza provocaram mais de 47 mil mortos e um elevado nível de destruição de infraestruturas no território controlado pelo grupo extremista palestiniano Hamas desde 2007.
A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Os combates cessaram em 19 de janeiro, véspera da posse de Trump como Presidente dos Estados Unidos, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores, incluindo Qatar e Egito.
Desde que entrou em vigor, a trégua tem permitido a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos e o reforço da ajuda humanitária em Gaza.
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