"O primeiro episódio foi exibido, haverá outros", escreveu Medvedev na rede social Telegram, após uma reunião do Conselho sob a liderança do Presidente russo, Vladimir Putin.
"O Estado ucraniano -- na sua atual configuração, como regime político nazi - representará uma ameaça constante, direta e clara à Rússia. Por isso, além de proteger o nosso povo e proteger as fronteiras do país, o objetivo das nossas ações futuras, na minha opinião, deve ser o desmantelamento completo do regime político da Ucrânia", justificou o líder russo.
Pelo menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas no primeiro bombardeamento russo contra Kiev registado na manhã de hoje, segundo o balanço mais recente.
Posteriormente uma segunda vaga de explosões foi ouvida em Kiev, às 09:16 locais (07:16 em Lisboa). Até agora não foram fornecidas informações sobre as vítimas deste segundo bombardeamento.
Hoje de manhã registou-se também o terceiro bombardeamento em cinco dias contra a cidade de Zaporijia (sul), no qual, segundo alguns meios de comunicação, uma pessoa morreu.
Os media ucranianos também relatam várias explosões de mísseis na cidade de Dnipro, bem como ataques em Jitomir, perto de Kiev, em Khmelnytskyi, mais a leste, na margem do rio Bug do sul, e em Ternopil (a leste, nas margens do rio Seret).
Os militares ucranianos disseram que a Rússia disparou 75 mísseis contra a Ucrânia hoje de manhã, dos quais a defesa antiaérea abateu 41.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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