Os 193 Estados-membros da ONU reuniram-se na tarde de hoje para discutir a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, com o presidente da Assembleia-Geral, Csaba Korosi, a levar a votos um pedido da Albânia para que a votação fosse pública, após terem circulado informações de que a Rússia pretendia que os votos fossem secretos.
Na votação levada a cabo por Korosi, 107 países posicionaram-se a favor do voto público, 13 contra e 39 abstiveram-se, segundo dados da ONU.
A reunião de hoje surge na sequência de um veto imposto por Moscovo numa resolução que foi a votos, no passado dia 30 de setembro, no Conselho de Segurança da ONU e que condenava os referendos organizados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, no leste e sul da Ucrânia, e a sua consequente anexação pela Federação Russa.
Na passada quinta-feira, a Rússia pediu que a votação da resolução na Assembleia-Geral da ONU fosse secreta.
O embaixador da Rússia junto da ONU, Vasily Nebenzya, disse, numa carta de seis páginas enviada a todos os outros embaixadores da ONU e obtida pela agência Associated Press (AP), que o conselho jurídico da ONU confirmou que uma votação secreta pode ser usada "na tomada de decisões".
Aparentemente, a Rússia esperava obter um maior apoio por parte de alguns dos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral se os votos não forem públicos.
Após a decisão hoje adotada, os Estados-membros da ONU irão debater o tema, sendo esperada a votação da resolução no final das discussões, o que poderá acontecer na quarta-feira.
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