A Algéria, Marrocos, África do Sul e Sudão concorrem, sem oposição, para as quatro vagas disponíveis no grupo dos Estados africanos; a Geórgia e a Roménia são os candidatos a ocupar os dois lugares disponíveis para o grupo do Leste Europeu; e a Bélgica e a Alemanha são os únicos Estados a votos para os dois assentos destinados à Europa Ocidental.
Por outro lado, a Ásia-Pacífico e a América Latina e Caribe são os únicos grupos com mais candidatos do que vagas disponíveis.
Nesse sentido, Chile, Costa Rica e Venezuela disputam as duas vagas disponibilizadas para o grupo América Latina e Caribe; e o Afeganistão, Bangladesh, Quirguistão, Maldivas, Coreia do Sul e Vietname competem pelos quatro assentos a preencher no grupo Ásia-Pacífico.
A votação será para definir o mandato 2023-2025 e terá início na manhã de terça-feira, mas poderá estender-se ao longo do dia, conforme informaram fontes oficiais.
"Como é normal, estas eleições serão realizadas por escrutínio secreto. E dependendo das rodadas necessárias, para obter a maioria absoluta, a votação pode estender-se até à tarde", de terça-feira, explicou Paulina Kubiak, porta-voz do presidente da Assembleia-Geral da ONU.
Organizações não-governamentais como a Human Rights Watch pediram aos Estados-membros que votassem contra a Venezuela devido ao histórico de repressão do Governo de Nicolás Maduro.
"O ataque vingativo da Venezuela aos críticos do Governo torna o país inadequado para ser membro do principal órgão de Direitos Humanos da ONU", disse Louis Charbonneau, diretor da Human Rights Watch para as Nações Unidas, em comunicado na semana passada.
O Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra, é composto por 47 países, eleitos para mandatos de três anos, e desde a sua criação tem sido frequentemente criticado por integrar Estados com registos duvidosos nesse campo.
Em abril passado, num passo muito incomum, a Assembleia-Geral da ONU expulsou a Rússia do Conselho de Direitos Humanos em resposta às atrocidades cometidas durante a invasão da Ucrânia.
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