Força conjunta russo-bielorrussa é "puramente defensiva"

A Bielorrússia afirmou hoje que a força militar que formou com a Rússia, sua aliada, é apenas defensiva, numa altura em que acusa Kiev de preparar uma ofensiva, levantando receios da uma intervenção direta no conflito na Ucrânia.

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Lusa
11/10/2022 13:00 ‧ 11/10/2022 por Lusa

Mundo

Bielorrússia

"Os objetivos do agrupamento de forças regionais são puramente defensivos. E todas as operações atualmente realizadas visam adotar uma reação adequada às ações levadas a cabo perto da nossa fronteira", disse o ministro da Defesa bielorrusso, Victor Khrenine, num comunicado.

O ministro frisou que esta força conjunta se destina a garantir a segurança nas fronteiras da Rússia e da Bielorrússia.

No dia anterior, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse ter concordado com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre o destacamento deste agrupamento militar conjunto, sem dizer exatamente onde será destacado e qual a sua dimensão.

Acusou a Ucrânia e os seus aliados polacos e lituanos de prepararem ataques "terroristas" e uma "revolta" militar na Bielorrússia, treinando combatentes "radicais" bielorrussos para derrubar o poder.

Minsk, no entanto, nega que planeie enviar o seu exército, muito menor do que o de Moscovo, para lutar na Ucrânia ao lado dos russos.

"No Ocidente, infelizmente, cultiva-se a ideia de que o exército bielorrusso possa participar na operação militar especial na Ucrânia. Ao ceder a este tipo de desinformação, os líderes da NATO e de vários países europeus estão claramente a considerar a possibilidade de agressão contra o nosso país", disse hoje o secretário do Conselho de Segurança bielorrusso, Alexander Volfovich.

A Bielorrússia já permitiu o uso do seu território pelo exército russo para a ofensiva contra a Ucrânia, mas Minsk não está até agora diretamente envolvido nos combates em território ucraniano.

A entrada das forças bielorrussas no país vizinho marcaria uma nova escalada do conflito na Ucrânia, que dura há mais de sete meses.

Leia Também: AO MINUTO: "Crimes de guerra"?; Rússia e Bielorrússia na "defensiva"

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