Zelensky pede aos aliados do G7 a instalação de um escudo aéreo

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky insistiu hoje que Vladimir Putin ainda possui os meios para "uma escalada" e apelou aos seus homólogos do G7 para apoiarem a instalação de um escudo aéreo destinado a impedir os ataques russos.

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Lusa
11/10/2022 17:43 ‧ 11/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

 

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"O dirigente russo, que está em fim de reinado, ainda possui os meios para uma escalada", declarou Zelensky durante uma reunião virtual de urgência dos líderes dos países do G7, segundo o texto em inglês do seu discurso difundido pela presidência ucraniana.

"Peço-vos que reforcem o esforço geral para ajudar financeiramente à criação de um escudo aéreo para a Ucrânia", disse, ao considerar que "milhões de pessoas ficarão reconhecidas ao G7 por semelhante assistência", e quando os ataques russos se intensificaram nos dois últimos dias.

O Presidente ucraniano também acusou Moscovo de pretender envolver a Bielorrússia no conflito e exigiu "uma missão de observadores internacionais estacionada na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia para controlar a situação de segurança".

"A Rússia tenta envolver diretamente a Bielorrússia nesta guerra", denunciou.

Na segunda-feira, Minsk anunciou a constituição de uma força militar comum com o seu aliado russo e acusou Kiev de fomentar um ataque contra a Bielorrússia, suscitando receios de uma intervenção direta no conflito na Ucrânia.

"A Ucrânia não previu e não prevê ações militares contra a Bielorrússia", reafirmou Zelensky.

O dirigente ucraniano também apelou aos seus aliados ocidentais a reforçarem as sanções contra Moscovo e a ajuda militar à Ucrânia, após dois dias de intensos bombardeamentos pelo Exército russo.

Zelensky referiu-se a "mais de uma centena de disparos de mísseis em menos de dois dias contra civis e infraestruturas civis".

"A Rússia pretende provocar o caos na Ucrânia e no conjunto do mundo democrático, e utiliza tudo: ataques de mísseis junto a uma central nuclear, ameaças de catástrofe nuclear, sabotagem contra as infraestruturas na Europa até uma tentativa deliberada de destruir as instalações energéticas ucranianas", denunciou.

Moscovo anunciou hoje ter atingido infraestruturas energéticas ucranianas em diversas regiões, numa represália pela destruição parcial no sábado da ponte que liga o continente russo à Crimeia, anexada em 2014, e após uma série de revezes militares.

O líder de Kiev também reafirmou aos seus aliados do G7 que não pretende negociar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. "Não pode existir diálogo com esse dirigente russo que não tem futuro", considerou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Biden promete a Zelensky sistemas avançados de defesa aérea

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