O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que o aumento dos ataques da Federação Russa no país tornam “óbvio” para o mundo que “ajudar a Ucrânia a proteger o céu é uma das tarefas humanitárias mais importantes para a Europa”. Na sua comunicação diária ao país, o chefe de Estado deixou ainda uma garantia: “Toda a máquina terrorista russa deve ser neutralizada. E será neutralizada”.
“Quanto mais audacioso e cruel se torna o terror russo, mais óbvio é para o mundo que ajudar a Ucrânia a proteger o céu é uma das tarefas humanitárias mais importantes para a Europa do nosso tempo”, considerou Zelensky, citado no site da Presidência da Ucrânia, agradecendo aos “parceiros que já tomaram a decisão de reforçar esse apoio”.
O chefe de Estado “celebrou” também os militares da Força Aérea ucraniana destacados no sul do país. “Foram alcançados bons resultados, em particular, quatro helicópteros de ataque russos e mais de dez drones de fabrico iraniano foram abatidos”, afirmou.
Segundo Zelensky, a “situação permanece dura em todas as áreas limítrofes da linha de frente”. Durante a noite desta quarta-feira, as tropas russas bombardearam Nikopol, na região de Dnipropetrovsk, tendo provocado vários feridos, entre os quais “uma criança, uma menina nascida em 2016”, que está “gravemente ferida”.
Já o ataque desta manhã num mercado na região de Donetsk provocou sete mortos e 12 feridos.
“Os nossos serviços secretos, serviços especiais, agências de aplicação da lei estão a descobrir todos os pormenores relativos a estes e outros ataques russos. Nenhum terrorista russo conseguirá permanecer desconhecido para a justiça - descobriremos todos os nomes e todos os detalhes”, garantiu. “Toda a máquina terrorista russa deve ser neutralizada. E será neutralizada”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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