Exumados mais de 600 corpos de civis em Kharkiv

As autoridades ucranianas já exumaram mais de 600 corpos de civis na região de Kharkiv, no nordeste do país, após a retirada das tropas russas, adiantou o ministro do Interior, Denis Monastyrsky.

Notícia

© Lusa

Lusa
18/10/2022 06:18 ‧ 18/10/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

"dummyPub">

"Já exumámos mais de 600 corpos de mortos na região de Kharkiv. Não conseguimos identificá-los de imediato", explicou o ministro.

"Entendemos que à medida que nos aproximamos da vitória revelam-se novos crimes de guerra cometidos pelos ocupantes", realçou.

Monastyrsky observou que as autoridades enfrentaram a mesma situação em todos os territórios libertados pela Rússia, referindo-se às "câmaras de tortura deixadas pelos russos".

Há um problema, indicou, ressaltando que a identificação dos corpos é feita através de análise de DNA (ácido desoxirribonucleico), que deve ser realizada em laboratórios especiais.

"Os nossos parceiros internacionais ajudaram-nos para que isso fosse feito de forma rápida, mas entendemos que esse trabalho demora semanas, às vezes meses, para perceber exatamente que foi torturado", acrescentou.

O líder da Administração Interna ucraniana alertou ainda que "qualquer território ocupado significa dezenas de civis torturados, prisioneiros (...)", dizendo que é isso que o país "enfrenta todos os dias".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Cerca de 99% dos corpos exumados em Izyum com "sinais de morte violenta"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas