Confrontos no Chade contra a Junta Militar que adiou processo eleitoral
Manifestantes da oposição do Chade e a polícia envolveram-se em violentos confrontos hoje na capital do país, N'Djamena, segundo a France-Presse.
© Reuters
Mundo N'Djamena
Os distúrbios ainda se mantêm, sendo que as manifestações foram organizadas após a prorrogação - por dois anos - do período de "transição política" no Chade que devia entrar hoje em vigor.
No fim do mês passado, a Junta Militar decidiu manter Mahamat Idriss Déby Itno como Presidente do país até à realização de eleições livres e democráticas, sendo que, supostamente, Déby pode voltar a apresentar-se e concorrer ao cargo de chefe de Estado.
No dia 20 de abril de 2021 foi noticiada a morte do general Déby, abatido pelos rebeldes durante confrontos, sendo que o Exército proclamou o filho, Mahamat Déby, na altura general de 37 anos, presidente da República do Chade.
Mahamat Déby assumiu o poder, apoiado por uma Junta Militar constituída por 15 generais, mantendo-se no poder antes da realização de eleições livres.
Hoje, membros da oposição manifestaram-se contra o adiamento do "período de transição".
Na capital do país são visíveis colunas de fumo negro e ouviram-se disparos de granadas de gás lacrimogéneo tendo sido erguidas barricadas em algumas zonas perto do centro da cidade interrompendo a circulação rodoviária.
A manifestação de hoje tinha sido proibida pelas autoridades.
"Eles estão a disparar contra nós e a matar o nosso povo. Os soldados e o general Mahamat Débque recusaram-se a honrar a palavra, no final dos 18 meses. É assim que ele pretende instalar uma dinastia: matando o povo" disse Succès Masra, líder do Partido Transformador, na oposição, através de uma mensagem difundida pela rede social Twitter.
O partido apelou esta semana à participação nas manifestações.
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