Meloni, de 45 anos, chegou à residência oficial do Presidente minutos antes da hora marcada, eram 15:30 em Lisboa, preparada para constituir um executivo com os seus parceiros de coligação, Matteo Salvini, da Liga, também de extrema-direita, e Silvio Berlusconi, do conservador Força Itália, dividindo ministérios e outras posições.
É a segunda vez que Meloni se encontra hoje com Mattarella, que a convocou esta manhã juntamente com os seus aliados para consultas prévias levadas a cabo pelo Presidente da República, a quem a coligação propôs o nome da líder dos Irmãos de Itália, o partido mais votado a 25 de setembro, com 26 por cento.
Uma singularidade que pode ocorrer nesta fase é que Meloni aceite a missão "sem reservas", algo invulgar na política italiana, uma vez que os chamados a governar normalmente exigem alguns dias para resolver os últimos aspetos do Executivo, embora neste caso a direita tenha maioria absoluta.
Assim que se tornar a primeira mulher na história da Itália a formar Governo, Meloni terá de regressar ao Quirinal para entregar ao chefe de Estado a lista com os membros do executivo, uma vez que a Constituição italiana estabelece que os ministros são nomeados por proposta do chefe do Executivo ao chefe de Estado, que tem poder de veto.
Será então quando Meloni tomar posse, possivelmente durante o fim de semana, que a transferência de competências com o primeiro-ministro cessante, Mario Draghi, terá lugar com a celebração do primeiro Conselho de Ministros.
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