Menos de uma hora depois, jatos de combate israelitas atacaram um edifício naquela movimentada zona comercial de Beirute e as Forças de Defesa de Israel emitiram novos avisos de evacuação, fazendo com que os residentes fugissem para as ruas, descreveu a agência Associated Press (AP).
Um jornalista da agência France Presse (AFP) relatou, por seu lado, uma coluna de fumo a subir por cima de um edifício no bairro de Hamra, que alberga edifícios residenciais, restaurantes, escritórios, lojas e a Universidade Americana de Beirute.
O primeiro-ministro israelita anunciou hoje que irá recomendar ao seu Governo a aprovação de uma proposta de cessar-fogo com o movimento xiita libanês Hezbollah, preparando terreno para o fim de quase 14 meses de combates.
Netanyahu disse que a votação estava prevista ainda para hoje.
O acordo não afeta a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Nas horas que antecederam a reunião do executivo, Israel levou a cabo uma intensa vaga de ataques em Beirute e nos seus subúrbios sul e emitiu um número recorde de avisos de evacuação.
Pelo menos 24 pessoas foram mortas em ataques em todo o país, de acordo com as autoridades libanesas, enquanto Israel sinalizava que pretendia continuar a atacar o Hezbollah antes de qualquer cessar-fogo ser implementado.
O Hezbollah também disparou 'rockets' contra Israel, acionando sirenes de ataque aéreo em todo o norte do país.
Após quase um ano de trocas de tiros ao longo das regiões transfronteiriças entre os dois países desde 08 de outubro de 2023, um dia depois de o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado o sul de Israel, as forças israelitas deslocaram em setembro passado o foco das suas operações da Faixa de Gaza para o Líbano.
Segundo o Ministério da Saúde Publica libanês, mais de 3,7 mil pessoas morreram no país desde outubro de 2023, a maioria nos últimos dois meses, e acima de 1,2 milhões de habitantes estão deslocados.
Do lado israelita, 82 militares e 47 civis foram mortos em quase 14 meses de hostilidades.
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