"Condenamos veementemente estas alegações", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nasser Kanani, numa conferência de imprensa em Teerão, citado pela agência francesa AFP.
Kanani disse que as alegações norte-americanas "visam desviar a atenção pública do papel destrutivo [dos Estados Unidos] na guerra na Ucrânia (...) exportando quantidades maciças de armas e equipamento" para Kiev.
A Ucrânia acusou o Irão de fornecer 'drones' suicidas à Rússia que têm sido alegadamente utilizados para bombardear infraestruturas de energia e cidades nas últimas semanas.
Os Estados Unidos disseram, na quinta-feira, 20 de outubro, que militares iranianos se encontravam na Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, para ajudar os russos a operar os drones.
O regime de Teerão "está agora diretamente envolvido no terreno na Crimeia e ajudou a Rússia nas suas operações", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.
O governo de Teerão negou ter fornecido armas a Moscovo para usar na guerra com Kiev, e a Rússia acusou o Ocidente de procurar pressionar o Irão através destas acusações.
"A República Islâmica não está envolvida na guerra na Ucrânia. Não estamos a fornecer armas aos beligerantes neste conflito", reafirmou Kanani.
Em setembro, Kiev decidiu reduzir drasticamente as suas relações diplomáticas com Teerão devido a alegadas entregas de armas a Moscovo.
A Ucrânia tem em curso uma contraofensiva que lhe permitiu reconquistar territórios controlados pela Rússia, incluindo nas regiões anexadas por Moscovo.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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