São Tomé. ONU quer mais pessoas com deficiência no mercado de trabalho
A Organização das Nações Unidas (ONU) defendeu hoje maior acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho são-tomense, numa mensagem por ocasião dos 77 anos da organização.
© Lusa
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"No cenário mundial, atualmente milhares de pessoas vivem com alguma forma de deficiência. Um número bastante expressivo, e em São Tomé e Príncipe esta realidade não é diferente [...] estamos no processo de finalização de uma parceria com a federação de pessoas com deficiência para garantir uma maior inclusão destes profissionais no mercado de trabalho e também nas Nações Unidas", disse o coordenador residente da ONU, Éric Overvest.
O coordenador residente da ONU referiu também que o edifício das Nações Unidas em São Tomé transformou-se "num espaço mais inclusivo" com a inauguração de elevadores que tornaram os andares da casa das Nações Unidas "agora acessíveis a pessoas com deficiência".
"Poderá parecer que se trata apenas de um pequeno gesto, sem grande expressão, mas acreditamos que mais do que refletir, precisamos de agir sobre o assunto o quanto antes. Este é um dos muitos desafios que ainda temos que enfrentar para o alcance da Agenda 2030, mas a nossa missão é a de nunca baixar os braços", disse Éric Overvest durante a cerimónia que juntos representantes do corpo diplomáticos e membros das agências da ONU na sede da organização em São Tomé.
Por outro lado, o coordenador da ONU anunciou que "as Nações Unidas e o Governo são-tomense estão prestes a assinar o novo quadro de cooperação para os próximos cinco anos, a partir de 01 de janeiro de 2023", tendo reiterado que a organização continua empenhada "em apoiar as instituições e a sociedade civil a reconstruir melhor para promover o bem-estar de todos os são-tomenses, em particular os mais vulneráveis e em risco de serem deixados para trás".
"Em nome da Nações Unidas gostaria de reiterar a nossa prontidão em aumentar o nosso engajamento e nosso apoio para a saúde, a educação, o uso sustentável de recurso naturais, a proteção da biodiversidade, a resiliência climática e a consolidação da economia verde e azul no país", precisou Éric Overvest.
A ministra dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Edite Ten Jua afirmou que "São Tomé e Príncipe reconhece o papel catalisador da Organização das Nações Unidas, o investimento e o apoio da comunidade internacional, através de ações que demonstram o envolvimento da ONU com o desenvolvimento nacional de São Tomé e Príncipe".
Edite Ten Jua sublinhou que "no atual contexto, a união entre os povos, a concertação global e a ação concertada surgem como fundamentais na manutenção dos princípios" da ONU tendo em conta as "grave consequências humanitárias" associadas aos "diversos conflitos globais".
"Não obstante os conflitos, não podemos perder de vista as prioridades estabelecidas no que concerne às mudanças climáticas, a transição energética gradual considerando a especificidade dos Estados e igualmente a promoção da igualdade de direitos humanos, do empoderamento e da justiça social para os mais vulneráveis e menos afortunados", disse Edite Ten Jua.
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