Nobel convida Tsihanouskaya e deixa fora embaixadores russo e bielorrusso

Em vez de ter convidado o dirigente bielorrusso, a fundação, sediada em Estocolmo, na Suécia, optou por endereçar o convite à opositora Sviatlana Tsihanouskaya.

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Notícias ao Minuto com Lusa
26/10/2022 10:42 ‧ 26/10/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

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A Fundação Nobel, de origem sueca - e responsável pela atribuição anual dos Prémios Nobel nas suas diversas categorias - não convidou os embaixadores da Rússia e da Bielorrússia para a entrega dos galardões, numa cerimónia que irá decorrer em 10 de dezembro. 

Se esta decisão já é um marco e uma posição - também política -, devido à guerra na Ucrânia, a Fundação decidiu ir ainda 'um pouco mais longe'. Em vez de ter convidado o  dirigente bielorrusso, a fundação, sediada em Estocolmo, na Suécia, optou por endereçar o convite à opositora do regime Sviatlana Tsihanouskaya, aponta o meio Nexta, também ele da Bielorrússia. 

De recordar que, este ano, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao ativista bielorrusso Ales Bialiatski - que se encontra preso - e a duas organizações de direitos humanos - uma russa, a Memorial, e uma ucraniana, a Center for Civil Liberties - o que vem ainda mais 'aguçar' a polémica dos (não) convites. 

O regime bielorrusso de Alexander Lukashenko rapidamente criticou esta atribuição, afirmando que o fundador dos galardões, Alfred Nobel, "andará às voltas no túmulo". "Nos últimos anos, uma série de decisões fundamentais, e estamos a falar do Prémio da Paz do Comité Nobel, têm sido tão politizadas que, desculpem, Alfred Nobel estará farto de andar às voltas no túmulo", escreveu na rede social Twitter o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Anatoly Glaz.

De lembrar ainda que, coincidentemente, o dia em que o Prémio Nobel da Paz deste ano foi conhecido era também o dia de aniversário de Vladimir Putin, o presidente da Rússia. O comité negou, na altura, ter pretendido dar um "presente envenenado" ao chefe de Estado por atribuir o Nobel a defensores dos direitos humanos na Rússia, Bielorrússia e Ucrânia.

"Este prémio não é dirigido a Vladimir Putin no seu aniversário ou em qualquer outro sentido, exceto que o seu governo, tal como o governo bielorrusso, é um governo autoritário que reprime os ativistas dos direitos humanos", disse a presidente do comité, Berit Reiss-Andersen.

Leia Também: OSCE denuncia "situação desesperada" dos prémios Nobel da Paz 2021

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