Em setembro, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sublinhou que o número de mortes por covid-19 caiu para o nível mais baixo desde março de 2020, recordou Ron Lam U Tou.
Graças ao aumento da vacinação, a maioria dos países já eliminou quarentenas aos viajantes, "para que a economia possa recuperar o mais rápido possível", disse o deputado, no período antes da ordem do dia numa sessão da Assembleia Legislativa de Macau.
Lam disse acreditar que a China irá também mudar a sua política, "mais cedo ou mais tarde", embora o líder chinês Xi Jinping tenha defendido, em 16 de outubro, a estratégia de 'zero casos' de covid-19, na abertura do 20.º Congresso do Partido Comunista da China.
O deputado lembrou que a "coexistência" com a covid-19 tem levado a uma "sobrecarga do sistema de saúde e de altas taxas de mortalidade, apontando como exemplo a vizinha região chinesa de Hong Kong, onde "mais de nove mil idosos morreram devido ao novo coronavírus".
Lam apelou ao governo que reveja os planos de contingência, enfrentando "os problemas e as insuficiências" registados durante o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, em junho e em julho, que causou seis mortes e mais de 1.800 casos.
O surto levou as autoridades a decretarem um confinamento parcial, algo "que voltou a afetar a economia, que já estava em recessão", lamentou o deputado, que pediu às autoridades que evitem "a aplicação excessiva de medidas de prevenção" e reduzam "os custos sociais".
Lam apontou como prioridade o aumento a taxa de vacinação dos grupos de alto risco.
Em 22 de setembro, o líder do Governo de Macau, Ho Iat Seng, revelou que havia mais de seis mil idosos acima dos 80 anos que "ainda" não estavam "vacinados".
Segundo dados oficiais divulgados hoje pelos Serviços de Saúde de Macau, 91,97% da população foi vacinada contra a covid-19, embora 3,5% só tenha recebido uma dose e 40,6% duas doses.
Macau segue a política de casos zero imposta por Pequim, que consiste no isolamento de todos os casos positivos e contactos próximos, o controlo restrito das fronteiras, campanhas em massa de testes de ácido nucleico e o confinamento de bairros ou cidades inteiras.
Até ao momento, a região administrativa especial chinesa registou seis mortes e 2.532 infetados (793 casos confirmados e 1.739 assintomáticos) ligados ao novo coronavírus.
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