"O jornalista do portal online Pinnacle News, Arlindo Chissale, encontra-se desde a última terça-feira, dia 25, detido e incomunicável, num ato alegadamente protagonizado pelas autoridades governamentais do distrito de Balama", lê-se em comunicado.
A ONG exige a "libertação imediata" e pretende apurar responsabilidades "neste atentado contra a independência jornalística".
"Contactado por familiares do jornalista, o administrador do distrito, Edson Lino, confirmou a detenção de Arlindo Chissale, garantindo que seria libertado", mas "são escassas as informações", acrescenta o Misa.
A organização cita fontes próximas da vítima, segundo as quais ele "captava imagens de instituições públicas daquele distrito" quando foi detido.
"A captação de imagens de instituições públicas, por jornalistas, é um procedimento típico da profissão", conclui.
Chissale é o caso mais recente de detenções e intimidação de jornalistas pelas autoridades em Cabo Delgado desde o início da insurgência armada, há cinco anos.
Ibraimo Abu Mbaruco, da Rádio Comunitária de Palma, desapareceu em abril de 2020 depois de sido cercado por militares e nunca mais se soube do seu paradeiro.
Em 2019, Amade Abubacar e Germano Adriano foram detidos e maltratados pelas autoridades durante quatro meses, sob acusação de violar segredos de Estado e incitar à desordem, num caso contestado pelas Nações Unidas e outras organizações.
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