Num comunicado, Pak Jong Chon, secretário do Comité Central do Partido dos Trabalhadores, disse que a continuação das manobras militares conjuntas é uma "opção má e perigosa".
Os militares sul-coreanos e norte-americanos anunciaram hoje o prolongamento dos exercícios aéreos em grande escala em resposta ao lançamento de mísseis, mais de 20, pelo regime norte-coreano nos últimos dois dias.
"As Forças Aéreas da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] e os Estados Unidos decidiram prolongar o período de formação do exercício aéreo conjunto em grande escala 'Tempestade Vigilante', iniciado a 31 de outubro, devido às recentes e contínuas provocações da Coreia do Norte", de acordo com um comunicado dos Chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, sem especificar datas.
Os lançamentos de Pyongyang são, por sua vez, uma resposta a estes exercícios, que deviam estar concluídos na sexta-feira, e que se assumem como os maiores do género em cinco anos, uma vez que envolveram mais de 200 aviões, incluindo caças furtivos de quinta geração.
Os dois aliados "partilham a opinião de que é necessário exibir uma postura robusta de defesa combinada" face à "atual crise de segurança, que é acentuada pelas provocações da Coreia do Norte", acrescenta-se na mesma nota.
A tensão na península está a atingir níveis sem precedentes face aos repetidos testes de armas norte-coreanos, às manobras dos aliados e à possibilidade de, como parecem indicar as imagens de satélite, o regime de Kim Jong-un estar pronto para realizar o primeiro teste nuclear desde 2017.
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