Opositor senegalês Sonko acredita na absolvição da acusação de violação

O principal dirigente da oposição no Senegal, Ousmane Sonko, prestou hoje pela primeira vez declarações no tribunal que o está a julgar de acusações de violação, e um dos seus advogados disse esperar a "total anulação de factos inexistentes".

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Lusa
03/11/2022 20:10 ‧ 03/11/2022 por Lusa

Mundo

Senegal

A audiência durou três horas e um calmo Sonko saiu do tribunal em Dacar, onde era visível um forte dispositivo policial, alargado a toda a capital senegalesa, incluindo a residência do opositor.

O interrogatório e a detenção de Sonko em março de 2021 contribuíram para desencadear vários dias de tumultos, saques e destruição, que provocaram pelo menos 12 mortos.

Ousmane Sonko, 48 anos, candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, foi acusado de violação e ameaças de morte e colocado sob supervisão judicial em março de 2021, após ser alvo em fevereiro de 2021 da denúncia de Adji Sarr, empregada de um salão de beleza onde ia fazer uma massagem.

"A audiência correu muito bem. Sonko prestou declarações que atestam uma conspiração mal elaborada", disse Ciré Clédor Ly, um dos seus advogados.

Numa mensagem colocada na rede social Twitter, Sonko disse que a audiência já tinha terminado e que tinha corrido "muito bem".

Sonko denunciou, por outro lado, a detenção de elementos da sua segurança pessoal quando decorria a audiência, o que o deixou, considerou, "desprotegido".

Os seguranças foram detidos na sequência de atos de violência ocorridos na semana passada perto de Mbour (oeste), onde Sonko contactava apoiantes, disse o procurador daquela localidade, sem especificar o seu número.

Ousmane Sonko pediu na quarta-feira aos seus apoiantes para manterem a calma e absterem-se de comparecer no tribunal, garantindo que não estava a arriscar nada na audiência.

O dirigente, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2019, tem um discurso ao mesmo tempo soberanista, pan-africano e social, contra as elites e a corrupção.

Sonko ataca, designadamente, a influência económica e política exercida pela antiga potência colonial, França, e pelas multinacionais.

O Presidente Macky Sall, eleito em 2012 para um mandato de sete anos e reeleito em 2019 por mais cinco anos, ainda não revelou se se candidata a um novo mandato presidencial em 2024.

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