O jornal Politico e a estação televisiva CNN acreditam que o controlo da câmara alta do Congresso dos Estados Unidos - atualmente com 50 lugares para cada partido, com o desempate favorável para os democratas pela vice-Presidente Kamala Harris - se vai disputar no Arizona, Geórgia, Nevada, New Hampshire, Pensilvânia e Wisconsin.
A maioria das sondagens divulgadas nos últimos dias -- nas vésperas das eleições intercalares marcadas para terça-feira -- revelam que os Democratas vão ser prejudicados pela fraca popularidade do Presidente Joe Biden, mas que podem ainda aspirar a manter o controlo do senado, se cerrarem fileiras em alguns estados onde está tudo em aberto.
Os analistas apostam em seis palcos de batalhas cruciais para o controlo do Senado: quatro estados atualmente controlados por Democratas e dois controlados por Republicanos, o que torna o partido do ex-Presidente Donald Trump (fortemente envolvido nestas campanhas) teoricamente favorecido, já que se houver uma divisão a meio destes casos, passarão a controlar a câmara alta do Congresso por 51 contra 49.
O jornal Politico aposta numa vitória dos Republicanos no Nevada e no Wisconsin, tirando proveito de um bom desempenho em campanha de Adam Laxalt (no primeiro estado) e de Ron Johnson (no segundo), mas admite que os democratas ainda podem aspirar a vitórias.
Com a candidata democrata Maggie Hassan a ter fortes hipóteses de vitória noutro estado crucial, New Hampshire, restam Arizona, Geórgia e Pensilvânia para obter o figurino final do Senado.
Ainda assim, várias sondagens indicam que os Republicanos têm ainda outros estados que podem vir a conquistar aos Democratas, como o Colorado e Washington, embora com menor probabilidade de sucesso.
Mas há outras batalhas eleitorais que vão prender as atenções na noite eleitoral, quer para a Câmara de Representantes, quer para os 36 lugares de governadores estaduais que vão a votos na terça-feira.
O quinto distrito de Connecticut, o 17º distrito de Nova Iorque e o segundo distrito de Virgínia serão terreno de batalha eleitoral acesa para a Câmara de Representantes, pelas possibilidades de alternância de cores partidárias, mas também pelas indicações que poderão dar sobre a capacidade de resistência dos Democratas e pela popularidade de Donald Trump, que apostou aqui muito do prestígio do seu nome ao lado dos seus candidatos.
Para a Câmara de Representantes, as sondagens parecem confortáveis para os Republicanos, com o jornal Politico a colocar 216 lugares (dos 435 em disputa, a totalidade) como altamente prováveis para os Republicanos e apenas 196 como altamente prováveis para os Democratas, com todos os outros indefinidos e 26 destes a serem considerados como "muito disputados".
A estação televisiva CNN também vai centrar atenções na corrida para a escolha do governador do estado de Michigan, admitindo que o candidato Republicano Tudor Dixon (com um forte apoio por parte de Trump) poderá conseguir evitar a reeleição da governadora Democrata Gretchen Whitmer, o que constituiria um importante revés para o seu partido.
Também a vaga de governador de Oregon -- lugar para que os Republicanos nunca conseguiram uma vitória -- será muito disputada e os Democratas deparam-se com uma dificuldade acrescida: a entrada na corrida de uma independente, Betsy Johnson, que abandonou as fileiras dos Democratas e parece estar a ganhar a simpatia deste eleitorado.
Leia Também: EUA. "Proteger a nossa democracia está no boletim" destas 'midterms'