"Fizemos um trabalho de base e submetemos essas propostas ao Presidente da República, que brevemente se vai pronunciar sobre o adiamento ou não das eleições marcadas para 18 de dezembro", afirmou o primeiro-ministro guineense.
Nuno Gomes Nabiam falava no final da cerimónia de entrega de material informático e outro equipamento pela missão de Timor-Leste de apoio ao processo eleitoral da Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro explicou também que o Governo trabalhou no "imperativo" defendido pelos partidos políticos, e com o qual também concorda, que defenderam que os cartões de eleitores deviam ser entregues no ato de recenseamento, que devia ser feito de raiz.
"Isto provocou uma série de questões e consequentemente uma alteração nas datas da proposta para que as eleições fossem realizadas a 18 de dezembro. Reunimos com os partidos políticos, apresentámos a situação real e na base destas reuniões, dirigidas pelo ministro da Administração Territorial, chegou-se a um entendimento com os partidos políticos para a possibilidade de adiar a data de 18 de dezembro", afirmou Nuno Gomes Nabiam.
O Governo informou o chefe de Estado guineense sobre a necessidade de adiar eleições na sessão do Conselho de Ministros de 28 outubro.
No comunicado do Conselho de Ministros, o ministro da Administração Territorial, Fernando Gomes, informou sobre o "consenso alcançado com os partidos políticos em torno da nova data de eleições legislativas antecipadas que, havendo concordância, poderá ser marcada, por decreto presidencial, para uma data posterior a 13 de maio de 2023".
Os partidos propuseram esta data para evitar que a campanha eleitoral coincida com o período do Ramadão.
O Presidente guineense dissolveu o parlamento em maio e convocou eleições legislativas para 18 de dezembro.
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