Joe Biden vai seguir viagem, a partir desta quinta-feira, para vários destinos a oriente dos Estados Unidos, com vários pontos na agenda.
Primeiro está uma paragem no Egito, onde participará na cimeira da COP27, e onde se encontrará com o chefe de Estado egípcio, Abdel Fattah El-Sisi.
Biden seguirá viagem depois para o continente asiático, com paragens no Camboja e na Indonésia, reunindo com os respetivos presidentes.
Na agenda, o presidente norte-americano traz temas como a guerra na Ucrânia, a crise climática, o crescente alerta sobre os mísseis lançados nas últimas semanas pelo regime de Pyongyang e, principalmente, a sua eventual primeira reunião presencial com Xi Jinping, presidente da China, desde que tomou posse em Washington, em janeiro de 2021.
O anúncio foi feito pelo próprio Biden, que revelou a vontade de se encontrar com o chefe de Estado chinês à margem da sua visita ao continente asiático, onde participará nas cimeiras da ASEAN (organização de cooperação do sudeste asiático) e do G20, em Bali.
Está ainda por confirmar a reunião entre os chefes de Estado das duas maiores potências mundiais, mas é certo que ambos estarão presentes nas cimeiras referidas, pelo que Biden deverá aproveitar o momento para discutir com o seu homólogo chinês as delicadas situações em Taiwan - onde Pequim tem exercido crescente pressão para impedir relações internacionais entre a ilha separatista e outros governos, principalmente depois da visita de Nancy Pelosi em agosto - e na península coreana, onde o lançamento de mísseis por parte do regime de Kim Jong-un nas últimas semanas tem levantado alarmes em Seul, bem como em Tóquio.
Discutir com Xi Jinping "o que são cada uma das nossas linhas vermelhas" e compreender os "interesses críticos" do presidente chinês são os objetivos de Biden, conforme o mesmo revelou em conferência de imprensa, onde garantiu: não haverá "concessões fundamentais".
Encontro relevante
Antes mesmo da eventual reunião com Xi Jinping, no entanto, Biden deverá encontrar-se, na cimeira da ASEAN, com Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, e Yoon Suk-Yeol, presidente sul-coreano. Sobre a mesa estará o tema 'quente' do momento nesta região do planeta: os mísseis da Coreia do Norte.
"Os três líderes vão trabalhar para continuar a reforçar a cooperação trilateral em todo o Indo-Pacífico, particularmente no que diz respeito aos nossos esforços conjuntos para lidar com a ameaça permanente representada pelos programas ilegais de armas de destruição maciça e mísseis balísticos da República Popular Democrática da Coreia", disse, na quarta-feira à noite, Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
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