A embarcação 'Ocean Viking', com 234 migrantes resgatados no Mediterrâneo a bordo, incluindo 57 crianças, atracou esta sexta-feira por volta das 08h50 (07h50 em Lisboa) no porto de Toulon, no sul de França.
Depois de Itália se ter negado a abrir os seus portos, o barco gerido pela organização não-governamental SOS Méditerranée manteve-se no mar durante mais de duas semanas, até que o executivo francês aceitou receber os migrantes que foram resgatados ao largo da costa da Líbia.
Na quinta-feira, o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, tinha já revelado que a França iria acolher "a título excecional" o navio humanitário, mas não sem uma resposta à 'nega' dos italianos. Darmanin revelou que os franceses vão suspender com "efeitos imediatos" um programa que previa o acolhimento de 3.500 refugiados. "O governo italiano é quem perde", disse, ameaçando que "haverá consequências extremamente fortes no relacionamento bilateral".
O governo italiano recém-empossado, liderado por Georgia Meloni e formado por partidos da direita e da extrema-direita, tem feito da migração ilegal para o país uma das suas bandeiras, pretendendo colocar um travão na mesma.
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