Estas detenções foram feitas "durante múltiplos procedimentos de investigação" que permitiram a localização dos suspeitos, que foram posteriormente colocados à ordem do Ministério Público para a elaboração dos respetivos processos-crime, adiantou o diretor do CICPC.
Segundo Douglas Rico, os detidos são acusados de violência física, psicológica, emocional, sexual, económica e de género, com desfechos fatais em alguns casos, como femicídios, um crime que já causou 175 mortes de mulheres este ano, segundo organizações não-governamentais (ONG) venezuelanas.
"A violência é qualquer ato que resulte ou seja suscetível de resultar em danos físicos, sexuais ou mentais à vítima, incluindo ameaças de tais atos, coação ou privação arbitrária de liberdade", referiu o responsável da instituição na rede social Instagram.
Douglas Rico adiantou ainda que as forças policiais detiveram este ano 1.587 homicidas "em todo o território nacional, durante processos de investigação" e assegurou que as autoridades continuarão a "trabalhar incansavelmente para reduzir as taxas de criminalidade que afetam as comunidades do país".
A Venezuela registou 950 homicídios no primeiro semestre do ano, dos quais 330 foram mortes causadas pelas forças policiais, segundo a ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV).
Estes dados independentes coincidem com relatórios oficiais que mostram, no último triénio, uma melhoria sustentada da segurança no país, com taxa de homicídios a diminuir nesse período.
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