Diretor da CIA reuniu-se em Kyiv com autoridades ucranianas

O diretor da CIA reuniu-se na terça-feira com o presidente ucraniano e os principais funcionários dos serviços de informação do país, em Kiev, para os informar sobre a reunião que manteve com autoridades russas, divulgou, esta quarta-feira, a agência norte-americana.

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Lusa
16/11/2022 09:21 ‧ 16/11/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

William Burns, ex-embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, viajou para Kyiv um dia depois do seu encontro em Ancara com o responsável dos serviços de informação russos, Sergei Naryshkin, o mais alto encontro a esse nível entre autoridades norte-americanas e russas desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro.

O diretor da CIA transmitiu ao seu homólogo russo uma mensagem a alertar "sobre as consequências do uso de armas nucleares pela Rússia e os riscos de escalada na estabilidade estratégica", declarou na segunda-feira um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.

O porta-voz especificou que o Burns "não conduz negociações de qualquer tipo" nem "discute um acordo para a guerra na Ucrânia" e que os ucranianos foram informados de antemão da reunião.

Burns viajou depois para a Ucrânia para informar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os responsáveis dos serviços de informação ucranianos sobre a sua conversa com Naryshkin, bem como para reiterar o apoio dos Estados Unidos ao esforço de guerra ucraniano, disse um responsável norte-americano, sob condição de anonimato, à agência de notícias AFP.

O chefe da CIA estava em Kyiv quando ocorreu um intenso bombardeamento russo na Ucrânia, incluindo na capital.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Sirenes de ataques aéreos soam esta quarta-feira de novo em todo o país

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