Myanmar vai libertar cerca de seis mil presos, quatro deles estrangeiros

Myanmar (antiga Birmânia) anunciou hoje que vai libertar 5.774 presos, entre eles quatro estrangeiros detidos no país, como parte de uma amnistia para assinalar o Dia Nacional da Vitória.

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Lusa
17/11/2022 08:50 ‧ 17/11/2022 por Lusa

Mundo

Myanmar

Informações divulgadas inicialmente pela agência de notícias France-Presse (AFP) davam conta da libertação de 700 presos, embora, mais tarde, agências noticiosas internacionais, incluindo a Associated Press (AP), que cita a emissora oficial birmanesa MRTV, tenham indicado um total de 5.774 pessoas amnistiadas.

O professor australiano Sean Turnell, o realizador japonês Toru Kubota, a diplomata Vicky Bowman e o botânico norte-americano Kyaw Htay vão também ser libertados, de acordo com a agência de notícias Myanmar Now.

Turnell, de 58 anos, é professor associado de Economia na Universidade Macquarie de Sidney, e foi detido pelas forças de segurança birmanesas num hotel, na cidade de Rangum, tendo sido condenado em setembro a três anos de prisão por violar a lei dos segredos oficiais e a lei de imigração do país.

Já Kubota, realizador documental de 26 anos, foi detido em 30 de julho por polícias à paisana, também em Rangum, depois de, no ano passado, fazer imagens e vídeos de um protesto contra o golpe militar. Em outubro, foi condenado pelo tribunal prisional a dez anos de prisão por incitar à dissidência contra os militares e violar as leis de telecomunicações do país.

Vicky Bowman tem 56 anos e foi embaixadora do Reino Unido em Myanmar, tendo sido detida em agosto juntamente com o marido, um cidadão birmanês, que também será libertado agora, de acordo com a AFP. A diplomata foi condenada a um ano de prisão por crimes de imigração.

Kyaw, botânico dos EUA, de origem birmanesa, foi acusado de terrorismo e condenado a sete anos de prisão por alegados crimes contra o Estado.

O ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico já confirmou ter sido informado da libertação de Kubota, mas não adiantou pormenores.

A embaixada britânica em Rangum, por seu lado, disse que Bowman ainda não saiu em liberdade.

Leia Também: Camberra saúda libertação de assessor australiano de Suu Kyi em Myanmar

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