Pelo menos quatro mortos após ataques russos em várias localidades
Pelo menos quatro pessoas morreram hoje em ataques das forças russas a várias regiões da Ucrânia, disseram as autoridades locais, acrescentando que foram atingidas infraestruturas de energia, prédios residenciais e uma área industrial.
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Mundo Ucrânia
Cerca de uma dezena de pessoas ficaram feridas nos ataques, acrescentaram.
As sirenes de ataque aéreo soaram em toda a Ucrânia ao início do dia. Em Kiev, a administração militar da cidade referiu que as defesas aéreas derrubaram pelo menos dois mísseis de cruzeiro e cinco drones de fabricação iraniana.
Com as forças do Kremlin no terreno a serem repelidas, a Rússia tem recorrido cada vez mais nas últimas semanas a ataques aéreos direcionados à infraestrutura de energia e outros alvos civis em várias partes da Ucrânia.
As defesas aéreas ucranianas nesta semana parecem ter tido taxas muito mais altas de abates bem-sucedidos do que durante os ataques anteriores ocorridos no mês passado, segundo analistas. A melhoria resulta em parte dos sistemas de defesa aérea fornecidos pelo Ocidente, entretanto, alguns mísseis e drones ainda conseguem passar pela defesa ucraniana.
Valentyn Reznichenko, governador da região leste de Dnipropetrovsk, disse que um grande incêndio eclodiu em Dnipro depois de os ataques na cidade atingirem um alvo industrial. Oito pessoas ficaram feridas, disse o responsável, incluindo uma jovem de 15 anos.
Um ataque russo que atingiu um prédio residencial matou pelo menos quatro pessoas durante a madrugada em Vilnia, na região de Zaporijia. As equipas de resgate estavam a vasculhar os escombros em busca de outras vítimas, de acordo com Kyrylo Tymoshenko, um alto funcionário do gabinete presidencial ucraniano.
Os ataques russos também atingiram a região de Odessa, no sul da Ucrânia, e a cidade de Dnipro pela primeira vez em semanas.
Uma infraestrutura foi atingida na região de Odessa, disse o governador Maksym Marchenko na rede social Telegram, alertando sobre a ameaça de um "enorme dilúvio de mísseis em todo o território da Ucrânia".
Várias explosões também foram relatadas em Dnipro, onde dois alvos da infraestrutura local foram danificados e pelo menos uma pessoa ficou ferida, de acordo com Kyrylo Tymoshenko.
Autoridades das regiões de Poltava, Kharkiv, Khmelnytskyi e Rivne pediram aos moradores que ficassem nos abrigos antiaéreos.
Este ataque de após um outro na terça-feira, que também resultou na queda de um míssil na Polónia e provocou duas mortes.
A Rússia tem visado cada vez mais a rede elétrica da Ucrânia à medida que se aproxima o inverno. Os ataques mais recentes ocorrem após dias de euforia na Ucrânia provocada por um dos seus maiores sucessos militares -- a retoma na semana passada da cidade de Kherson, no sul do país.
O chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andriy Yermak, chamou os ataques a alvos de energia de "táticas ingénuas de perdedores covardes", numa publicação feita hoje na rede social Telegram.
"A Ucrânia já resistiu a ataques extremamente difíceis do inimigo, que não levaram aos resultados que os covardes russos esperavam", escreveu Yermak, pedindo aos ucranianos que não ignorem as sirenes de ataque aéreo.
Por outro lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou uma extensão do acordo dos cereais por quatro meses para garantir a entrega segura de exportação de cereais, alimentos e fertilizantes da Ucrânia através do Mar Negro poucos dias antes deste pacto expirar.
Guterres disse em comunicado que as Nações Unidas também estão "totalmente comprometidas" em remover os obstáculos que impedem a exportação de alimentos e fertilizantes da Rússia, que é um dos dois acordos firmados entre os dois países e a Turquia em julho. Os acordos assinados em Istambul visam ajudar a reduzir os preços dos alimentos e fertilizantes e evitar uma crise global de alimentos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamou a extensão do acordo de grãos de "uma decisão fundamental na luta global contra a crise alimentar".
Não houve confirmação imediata do acordo pela Rússia.
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