De acordo com o secretário de Estado para a Cooperação Económica e Desenvolvimento alemão, Jochen Flasbarth, citado num comunicado do BAD, "a contribuição serve para apoiar a adaptação climática em Estados africanos frágeis" e inclui-se nos "esforços para equilibrar a paridade no financiamento entre a mitigação do clima e a adaptação, apesar dos atuais desafios económicos globais".
"Todos os nossos países têm desafios para obter o equilíbrio certo entre adaptação e mitigação, mas nós queremos fazer isto. Queremos olhar para a qualidade do financiamento da adaptação, e temos de olhar para a acessibilidade ao financiamento climático, especificamente para as contribuições determinadas a nível nacional dos países em desenvolvimento", sublinhou Jochen Flasbarth durante um debate no âmbito da COP27, que decorre até sexta-feira em Sharm El-Sheikh, no Egito.
Para o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, o apoio da Alemanha mostra confiança no banco: "A ação climática em que está a investir o seu dinheiro vai permitir que 20 milhões de agricultores, incluindo pastores, tenham acesso a seguros indexados ao clima e irá fornecer a 20 milhões de agricultores tecnologias agrícolas resistentes ao clima, regenerar um milhão de hectares de terra degradada, permitir o investimento em 840 mil milhões de metros cúbicos de água para 18 milhões de pessoas, e fornecer energia renovável para 10 milhões de pessoas", disse o banqueiro, citado no comunicado.
No debate, Adesina destacou várias medidas e iniciativas que o Grupo Banco tinha iniciado para ajudar a atenuar o impacto climático em África, particularmente na produção de alimentos, e salientou que, "embora África contribua apenas cerca de 3% para as emissões de gases com efeito de estufa, o continente é o mais duramente atingido pelo impacto climático, incluindo secas, inundações, ciclones e infraestruturas danificadas, resultando em dívidas em todo o continente".
Leia Também: COP27. UE e quatro Estados-membros doam mil milhões de euros a África