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Uso de armas nucleares na Ucrânia está fora de questão, garantem partes

Depois de uma reunião entre os líderes das agências norte-americana e russa de informação, respetivamente, cenário de uso de armas nucleares foi afastado pelos vários intervenientes.

Uso de armas nucleares na Ucrânia está fora de questão, garantem partes

O conflito armado na Ucrânia, que perdura há nove meses, pinta um horizonte de incerteza e de grande receio, principalmente sobre uma possibilidade: o uso de armas nucleares.

No passado, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, assumiu que está pronto para usar "todos os meios possíveis" para defender os territórios ucranianos anexados, fazendo soar alarmes pelo mundo. "Protegeremos a nossa terra com todas as nossas forças e meios à nossa disposição, e tudo faremos para garantir a segurança das pessoas", garantiu Putin, em setembro deste ano.

Um mês depois, no entanto, o chefe de Estado russo disse não haver interesse "nem político, nem militar", em recorrer às armas nucleares.

Esta semana, em Ancara, na Turquia, William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA), e Sergei Naryshkin, diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira russo (SVR), discutiram assuntos "sensíveis", conforme anunciou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov. Burns terá avisado Naryshkin sobre as eventuais consequências do uso de armas nucleares por parte do Kremlin.

Segundo reportou a Reuters, no entanto, a Rússia já revelou, após a reunião, que não tem interesse em utilizar armas nucleares. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que "nenhuma autoridade russa está a considerar o uso de armas nucleares". Uma informação corroborada pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan. "Deixem-me dizer isto: de acordo com informações que recebi do meu chefe de inteligência, nenhum dos lados usará armas nucleares a partir de agora", disse Erdoğan aos jornalistas.

Erdoğan apelou ainda a que as duas agências de informação "se reúnam com frequência". "Deus me livre, [o uso de armas nucleares] pode levar a uma nova guerra mundial. Não vamos deixar isso acontecer", concluiu o presidente turco.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro deste ano, iniciando um conflito que já deixou, pelo menos, segundo números avançados pelos Estados Unidos, 200 mil militares mortos. No passado, Vladimir Putin já ameaçou recorrer a armas nucleares para defender as suas posições nos territórios da Ucrânia anexados. "Isto não é um bluff", alertou, em setembro deste ano.

Leia Também: EUA, Japão e Coreia do Sul condenam ameaças russas sobre armas nucleares

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