Segundo o porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Ivan Nechaev, o que Moscovo pode fazer neste momento é "analisar" a decisão do tribunal do distrito de Haia.
"Cada pormenor importa e, após analisar todos os dados, estaremos seguramente dispostos a comentar", afirmou Nechaev.
No entanto, fontes próximas do Governo russo adiantaram à agência noticiosa Interfax que está excluído que sejam extraditados para os Países Baixos os dois cidadãos russos condenados à revelia, Igor Girkin e Sergei Dubinsky.
"A Constituição russa estabelece uma proibição direta da extradição de cidadãos russos para países estrangeiros. Portanto, nem um nem outro serão enviados para solo neerlandês", disse à Europa Press fonte das forças de segurança russas, sob condição de anonimato.
Girkin e Dubinsky, juntamente com o ucraniano Leonid Kharchenko, foram considerados culpados de assassínio por terem participado da destruição do avião da Malaysian Airlines, que provocou 298 mortes.
No julgamento, que durou mais de dois anos, ficou provado que o Boeing 777, que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil 'Buk', de fabrico russo, disparado por combatentes ucranianos pró-Moscovo a 17 de julho de 2014, lançado de um território localizado na região de Lugansk.
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