Num comunicado, o ministério disse que Pyongyang "lançou um míssil balístico do tipo ICBM de uma posição perto da costa oeste da península coreana aproximadamente às 10:14" (01:14 em Lisboa).
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, descreveu o lançamento como "absolutamente inaceitável", confirmando que o míssil caiu em águas dentro da ZEE do Japão, perto da ilha de Hokkaido (norte), sem aparentemente ter causado quaisquer danos a navios ou aviões.
A guarda costeira japonesa pediu aos navios que estivessem a cruzar a área para não se aproximarem de qualquer destroço que possa estar a flutuar no mar.
"A Coreia do Norte tem disparado repetidamente mísseis este ano com uma frequência sem precedentes e está a aumentar significativamente as tensões na península coreana", disse o ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, aos jornalistas.
Também o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse num comunicado que o lançamento provavelmente envolveu um míssil balístico intercontinental.
O gabinete presidencial da Coreia do Sul disse que convocou uma reunião de segurança de emergência para discutir o lançamento norte-coreano.
Se confirmado, seria o primeiro lançamento de um míssil ICBM por parte da Coreia do Norte num período de duas semanas.
Especialistas independentes disseram que um ICBM, ainda em desenvolvimento, lançado por Pyongyang em 03 de novembro, não conseguiu realizar o voo pretendido.
A Coreia do Norte tem dois tipos de ICBM -- Hwasong-14 e Hwasong-15 -- e os testes de lançamento feitos em 2017 provaram que eles poderiam alcançar partes do território dos Estados Unidos.
Já na quinta-feira, o regime de Kim Jong-un tinha disparado um míssil balístico em direção ao mar do Japão.
Os lançamentos coincidem com a visita do Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, à vizinha Coreia do Sul e ocorrem depois de o regime de Pyongyang ter disparado cerca de trinta mísseis, no início de novembro, em resposta a exercícios aéreos conjuntos de Seul e Washington.
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