O míssil lançado hoje de manhã por Pyongyang caiu provavelmente na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, ao largo da ilha de Hokkaido, no norte, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, considerando o disparo "absolutamente inaceitável".
As manobras militares do Japão e dos Estados Unidos aconteceram após o lançamento norte-coreano "num contexto de segurança cada vez mais difícil à volta do Japão", disse o Ministério da Defesa, em comunicado.
Estas manobras "mostram a firme vontade do Japão e dos Estados Unidos de responder a qualquer situação (...) e fortalecer ainda mais as capacidades de dissuasão e resposta da aliança nipo-americana", acrescentou.
O lançamento do míssil norte-coreano vai ser hoje tema em debate numa reunião de emergência que vai juntar os líderes dos EUA, do Japão, da Coreia do Sul, da Austrália, da Nova Zelândia e do Canadá.
Também o gabinete presidencial da Coreia do Sul disse que convocou uma reunião de segurança de emergência para discutir o lançamento norte-coreano.
Se confirmado, seria o primeiro lançamento de um míssil ICBM por parte da Coreia do Norte num período de duas semanas.
Em comunicado, a Casa Branca disse que o lançamento vem aumentar desnecessariamente a tensão e representa um risco desestabilizador para a segurança na região. Constitui, além disso, uma violação flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Nesse sentido, Washington pediu a condenação internacional do lançamento e apelou à Coreia do Norte para que se sente à mesa de negociações para conversações sérias.
Já na quinta-feira, o regime de Kim Jong-un tinha disparado um míssil balístico em direção ao mar do Japão.
Os lançamentos coincidem com a visita do Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, à vizinha Coreia do Sul e ocorrem depois de o regime de Pyongyang ter disparado cerca de 30 mísseis, no início de novembro, em resposta a exercícios aéreos conjuntos de Seul e Washington.
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