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ONU condena "assassinato" de meninas egípcias em campo na Síria

A ONU condenou na sexta-feira o "assassinato brutal" de duas meninas egípcias, cujos corpos foram encontrados nos esgotos do campo de refugiados de Al-Hol, na Síria, que abriga famílias de jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico.

ONU condena "assassinato" de meninas egípcias em campo na Síria
Notícias ao Minuto

07:09 - 19/11/22 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

Em comunicado, o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou o assassinato "hediondo" e "brutal" das duas jovens e apelou à comunidade internacional e às forças curdas, que controlam aquela zona, para redobrarem os esforços para garantir a proteção de milhares de mulheres e crianças ainda detidas nos campos.

"A morte destas jovens irmãs que já sofreram tanta miséria é profundamente dolorosa. As circunstâncias das duas mortes e a maneira como foram mortas ultrapassam qualquer compreensão", afirmou Türk.

A ONU disse que os corpos das meninas, ambas com menos de 15 anos, foram encontrados no início desta semana, nos esgotos de Al-Hol, com várias lesões infligidas por arma branca.

Segundo relatos recebidos pelo Gabinete de Direitos Humanos da organização, terão ainda sido violadas antes de morrerem.

"Este incidente deve servir de alerta à comunidade internacional para repatriar imediatamente para os seus países de origem as mulheres e crianças que se encontram nestes campos, algumas das quais detidas há anos", advertiu o funcionário da ONU.

O alto responsável acrescentou ainda que as Forças Democráticas da Síris (FDS), que exercem o controlo efetivo do campo de Al-Hol, devem "adotar medidas urgentes para garantir a segurança e o bem-estar dos detidos no campo".

Mais de 50 mil pessoas vivem naquele sobrelotado campo de Al-Hol, no nordeste da Síria, sob administração curda, entre as quais sírios deslocados, refugiados iraquianos e mais de 10 mil estrangeiros de cerca de 60 países.

Desde o início do ano, o Gabinete de Direitos Humanos da ONU "confirmou o assassinato de 42 pessoas no campo de Al-Hol, incluindo 10 homens iraquianos, seis homens sírios, quatro mulheres iraquianas, 18 mulheres sírias, um menino iraquiano, uma menina iraquiana e duas meninas egípcias".

Leia Também: Quem é Ahlam Albashir, a síria suspeita do atentado em Istambul?

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