Líder do PAIGC destaca grandeza, democracia e pluralidade do congresso

Domingos Simões Pereira, reeleito hoje líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), destacou que o partido mostrou no congresso a sua "grandeza", "democracia" e "pluralidade".

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Lusa
20/11/2022 17:46 ‧ 20/11/2022 por Lusa

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"Este é o PAIGC a mostrar a sua grandeza, este é o PAIGC da democracia, da abertura, da pluralidade. Todos os quadrantes e todas as sensibilidades do partido tiveram a oportunidade de expressar o seu sentimento, puderam desenvolver uma moção estratégica e apresentaram-na aos delegados", afirmou o líder do partido em declarações aos jornalistas.

Domingos Simões Pereira, que é presidente do partido desde 2014, foi reeleito com 1.162 votos dos 1.268 votantes do congresso, dedicado ao tema "Consolidação da Coesão Interna, a luz do pensamento de Amílcar Cabral, pelo resgate do poder popular e promoção do desenvolvimento", que termina hoje.

Domingos Simões Pereira disputou a liderança do partido com Octávio Lopes, que obteve 62 votos, João Bernardo Vieira, que teve 32 votos, e Edson Araújo, que conseguiu quatro votos.

"A decisão que acaba de sair resultado do sentimento da avaliação dos delegados. A partir deste momento há uma direção, há um presidente, vai haver um rumo e vamos convocar toda a família do PAIGC para de facto transformarmos a aspiração do povo guineense num programa, num compromisso, numa visão de futuro", afirmou.

Questionado pela Lusa sobre a expressiva vontade dos delegados do congresso em relação à direção do partido, Domingos Simões Pereira disse que aquela expressão é também em "relação à Nação guineense".

"Os delegados do congresso quiseram dizer à Nação guineense que o PAIGC está pronto para um compromisso de futuro que permita resgatar esta desgovernação e esta deriva que está a acontecer e repor a todos os cidadãos guineenses o direito de sonhar, o direito de trabalhar para o futuro e o direito de acreditar que é possível", salientou.

O PAIGC deveria ter realizado o seu congresso em fevereiro, mas foi adiado devido às restrições sanitárias impostas pelo Governo para combater a pandemia da covid-19.

Questões judiciais, algumas das quais que levaram à intervenção das forças de segurança, impediram o partido de realizar o congresso por mais três vezes.

O arranque do congresso, na sexta-feira, ficou marcado com a entrada de polícia armada na sala onde decorria a reunião magna do partido para deter o antigo primeiro-ministro Aristides Gomes, que chegou nesse dia ao país.

Aristides Gomes saiu da sala e, segundo fontes partidárias, está em segurança.

Leia Também: Domingos Simões Pereira reeleito líder do PAIGC

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