Zelensky: "As batalhas mais ferozes são na região de Donetsk"

Só no domingo, terão sido lançados quase 400 ataques russos na região oriental do país, disse Zelensky.

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© Presidential Press Service/Handout via REUTERS

Ema Gil Pires
20/11/2022 23:19 ‧ 20/11/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na sua habitual atualização noturna na rede social Instagram, ofereceu novas informações sobre a situação na frente de batalha.

"As batalhas mais ferozes, tal como anteriormente, são na região de Donetsk. Embora hoje tenha havido menos ataques devido ao agravamento do estado do tempo, a quantidade de bombardeamentos russos continua, infelizmente, a ser extremamente elevada", explicou o líder ucraniano.

Segundo avançou a mesma fonte, as forças russas continuam a tentar resistir aos avanços ucranianos com recurso a fogo de artilharia. Só no domingo, terão sido lançados quase 400 ataques russos na região oriental do país, disse Zelensky.

"Na região de Luhansk, estamos a avançar lentamente enquanto lutamos", apontou ainda o chefe de Estado do país invadido, que acrescentou, sem dar grandes detalhes, que as suas tropas estavam "de forma consistente e muito calculada a destruir o potencial dos ocupantes" no sul do país.

De recordar que, no final deste domingo, Kyrylo Tymoshenko, chefe adjunto da administração de Zelensky, tinha já dado conta de que as forças russas abriram fogo contra um edifício residencial na região de Kherson, no sul da Ucrânia.

Estas notícias surgem depois das forças russas terem optado, no início deste mês, por levar a cabo uma retirada das suas tropas da cidade de Kherson, tendo deslocado parte das mesmas para reforçar as suas investidas em Donetsk e Lugansk - que, à semelhança de Kherson e Zaporíjia, tinham sido anexadas pela Rússia em setembro passado.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já mais de 6.500 mortes entre civis, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo menos 437 crianças perderam a vida na sequência desta ofensiva, com outras 837 a terem ficado feridas.

Leia Também: "A guerra vai acabar quando a Rússia tiver medo da Ucrânia"

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