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Três 'capacetes azuis' feridos numa explosão de mina no Mali

Três membros da missão da Organização das Nações Unidas no Mali (Minusma) foram feridos, um deles gravemente, pela explosão de uma mina quando um comboio atravessava a parte central do país africano, de acordo com o próprio contingente.

Três 'capacetes azuis' feridos numa explosão de mina no Mali
Notícias ao Minuto

17:57 - 22/11/22 por Lusa

Mundo Mali

"Um dos nossos comboios que viajou para Timbuktu no dia 21 de novembro atingiu uma mina. Três soldados da paz foram feridos, um gravemente", disse hoje a Minusma na sua conta oficial na rede social Twitter, onde também condenou "veementemente" o incidente.

Não foram divulgados mais pormenores sobre o incidente, pelo que a nacionalidade dos soldados é, para já, desconhecida. 

As minas e dispositivos explosivos improvisados (IED) são uma das armas de eleição dos terroristas que têm operado no país desde 2012.

Estes dispositivos causaram a morte de 76 soldados da paz desde o início da missão em 2013, incluindo quatro chadianos em outubro, acrescentou a missão da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Desejamos [aos feridos] uma rápida recuperação e reafirmamos a nossa determinação em continuar a implementar o nosso mandato", salientou a missão na sua mensagem.

Com cerca de 12.000 soldados destacados no Mali, a Minusma é a missão da ONU com o maior número de baixas no mundo nos últimos anos. Desde a sua criação em 2013, 181 dos seus membros já morreram em atos hostis.

Num relatório da Minusma foram apontados 245 ataques de IED, em 2021, e 134 em 2022, ambos contabilizados durante os primeiros oito meses de cada ano. Estes ataques resultaram em 103 mortes em 2021 e 72 em 2022, na sua maioria soldados mas também civis.

Vários grupos terroristas operam no Mali, nomeadamente os filiados da Al-Qaida e do grupo extremista Estado Islâmico. Além disso, a violência intercomunitária aumentou, num contexto marcado por golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021.

O país, pobre e sem litoral, enfrenta desde 2012 a propagação do extremismo e da violência de todos os tipos, mas também uma grave crise política e humanitária. Centenas de milhares de pessoas estão deslocadas devido ao conflito.

Leia Também: Mali. ONG diz que 150 mil crianças deslocadas não têm identidade legal

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