Após a embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield, ter dito numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas que os Estados Unidos da América (EUA) vão lançar uma proposta de declaração presidencial condenando os lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, bem como outras atividades desestabilizadoras, a irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un retaliou.
Kim Yo Jong virou miras para Washington, que alertou para uma possível "crise de segurança fatal" se continuasse com a intensificação da pressão sobre o regime liderado pelo seu irmão.
Tida por muitos como a segunda na cadeia de poder na Coreia do Norte, Jong acusou a proposta da embaixadora norte-americana nas Nações Unidas de ser “uma declaração conjunta nojenta junto com ralé como o Reino Unido, França, Austrália, Japão e Coreia do Sul".
Mais: a irmã de Kim Jong Un comparou os Estados Unidos a "um cão que ladra petrificado pelo medo", alertando que Pyonyang vai considerar a declaração “uma violação arbitrária da soberania e uma grave provocação política”.
“Os EUA devem estar cientes de que, não importa o quão desesperadamente tentem desarmar (a Coreia do Norte), nunca poderão privar (a Coreia do Norte) do seu direito de autodefesa, e quanto mais obstinado ele ficar no anti-(Coreia do Norte), enfrentará uma crise de segurança mais fatal”, disse, em comunicado divulgado pelos meios estatais.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu na segunda-feira para discutir o lançamento de mísseis pela Coreia do Norte nas últimas semanas, um dos quais aterrou no mar do Japão, a cerca de 200 quilómetros do país vizinho. Os Estados Unidos e aliados criticaram fortemente estes lançamentos, pedindo uma limitação dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. A Rússia e a China, ambos membros do Conselho de Segurança com poder de veto, no entanto, opuseram-se a qualquer nova pressão e sanções contra Pyongyang.
Em resposta, Kim Yo Jong disse tratar-se “evidentemente da aplicação de padrões duplos” pelo órgão das Nações Unidas, que acusa de "fechar os olhos” aos exercícios militares que os Estados Unidos e a Coreia do Sul levaram a cabo recentemente.
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