Zelensky cria rede de "invencibilidade" com serviços básicos para apagões
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje a criação de uma rede 4.000 "pontos de invencibilidade" em todo o país para atender os serviços básicos dos cidadãos em caso de apagões devido aos bombardeamentos russos.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"Se acontecerem novamente ataques massivos da Rússia e se entender que o fornecimento de eletricidade não poder ser restaurado em poucas horas, o trabalho dos "pontos de invencibilidade" será ativado e "todos os serviços básicos estarão lá", explicou Zelensky no seu habitual discurso noturno.
Estes pontos, gratuitos e abertos 24 horas por dia, segundo o chefe de Estado, vão proporcionar aos cidadãos afetados o acesso a "eletricidade, comunicações móveis e Internet, aquecimento, água e primeiros socorros".
De acordo com Zelensky, os 4.000 pontos vão funcionar em todas as administrações regionais e locais, bem como em centros educativos, edifícios dos Serviço de Emergência do Estado e outras instalações.
O Governo ucraniano criou um 'site' especial (nezlamnist.gov.ua) com um mapa desses pontos em todo o país. No 'site' os cidadãos também poderão saber onde há postos de gasolina abertos, agências bancárias, farmácias ou as lojas mais próximas.
"Todos nós devemos estar preparados para qualquer cenário, considerando o que os terroristas estão a lutar contra o nosso povo e o que estão a tentar fazer", apontou Zelensky.
O chefe de Estado pediu a todas as autoridades locais que informem a população sobre os pontos de apoio disponíveis em caso de apagão prolongado, e apelou às empresas para aderirem à iniciativa, como já o fizeram muitos empresários.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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