Fornecimento de centrais nucleares sob controlo ucraniano foi restaurado
Autoridades ucranianas esperam repor o serviço normal de eletricidade em todo o território no espaço entre um a dois dias.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
A empresa estatal de energia nuclear ucraniana confirmou esta sexta-feira que todas as centrais sob controlo ucraniano estão de novo conectadas à rede elétrica nacional, após os ataques russos que danificaram o fornecimento de energia em todo o país.
Numa entrevista citada pela Sky News, o diretor-executivo da Ukrenergo, Volodymyr Kudrytskyi, adiantou que o sistema está "totalmente integrado e todas as regiões estão conectadas ao sistema energético da União Europeia".
"Todas as três centrais nucleares localizadas em território não-ocupado estão a funcionar", garantiu Kudrytskyi.
As forças russas têm atacado desde outubro infraestruturas de energia críticas ao fornecimento de eletricidade e gás à população civil. Os ataques foram particularmente duros em novembro, com a capital ucraniana, Kyiv, a ter de viver sob um apagão total, incluindo em hospitais.
As autoridades ucranianas estão preocupadas com o impacto da guerra no aquecimento das casas dos civis, sendo que o frio será um grande obstáculo no inverno brutal na Ucrânia.
À semelhança do que tem vindo a fazer o presidente ucraniano, Volodymyr Kudrytskyi elogiou os trabalhos dos ucranianos para restaurar as conexões energéticas e para repor o fornecimento de luz e gás à população, adiantando que "entre um a dois dias, [as centrais] vão atingir a sua capacidade normal e esperamos que seja possível voltar a apagões programados, em vez de apagões de emergência", disse, referindo-se à estratégia de 'desligar' o sistema em determinadas alturas para que o pais poupe energia.
Ainda assim, apesar dos avanços nos trabalhos de reposição de energia, Kudrytskyi não deixou de pedir às pessoas para pouparem energia, de modo a minimizar os estragos que os ataques russos possam provocar.
No passado dia 23 de novembro, um ataque russo obrigou a um apagão temporário de todas as centrais nucleares e a grande maioria das centrais hidro e termoelétricas.
O conflito na Ucrânia já fez quase 6.600 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.
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