"Um terço das casas em Kyiv já tem aquecimento, os especialistas continuam a trabalhar para restaurar o abastecimento de energia. Metade dos utilizadores ainda estão sem eletricidade", disse Vitaly Klitschko, o presidente da câmara da capital ucraniana, onde residem cerca de três milhões de pessoas.
"Durante o dia, as empresas de energia planeiam ligar a eletricidade a todos os utilizadores ", disse, numa altura em que as temperaturas na região estão próximas de zero graus.
O presidente do conselho de administração da empresa estatal de eletricidade Ukrenergo, Volodymyr Kudrytsky, referiu que o sistema energético ucraniano passou agora "a fase mais difícil" após o ataque.
A eletricidade está parcialmente restaurada e "o sistema energético está mais uma vez ligado ao sistema energético da União Europeia",explicou.
A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Temos de aguentar este inverno -- um inverno que todos vão recordar", disse na sexta-feira no Facebook.
Por seu lado, o governador da região sul de Kherson, Yaroslav Yanushevich, anunciou a retirada de todos os pacientes de hospitais da cidade, de onde as tropas de Moscovo se retiraram há duas semanas, devido a "constantes bombardeamentos russos".
A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.
Na frente, os combates continuaram em várias áreas e um ataque russo na noite de quinta-feira em Kherson matou 11 pessoas e feriu quase 50, de acordo com a Presidência ucraniana.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6.595 mortes de civis e 10.189 feridos, segundo a ONU, que sublinhando que estes são os números que foi possível confirmar mas estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Kyiv. Pais procuram luz em lojas e gasolineiras para filhos sobreviverem