Protesto contra a libertação do assassino de Chris Hani na África do Sul
O partido governante da África do Sul, o Congresso Nacional Africano (ANC), e o Partido Comunista Sul-Africano (SACP) protestaram hoje, em Joanesburgo, contra a libertação anunciada do assassino do ativista anti-apartheid Chris Hani.
© Brenton Geach/Gallo Images via Getty Images
Mundo África do Sul
O protesto foi realizado em frente ao Tribunal Constitucional contra a libertação do assassino de Chris Hani, morto a tiro em 1993.
"Mesmo que ele saia da prisão, deve saber que os sul-africanos não estão felizes", disse aos jornalistas Panyaza Lesufi, um alto funcionário do ANC, acrescentando que haverá mais protestos contra a libertação de Janusz Walus, um imigrante polaco ligado à extrema-direita africana, que abateu o popular secretário-geral do SACP e alto funcionário do ANC, em 10 de abril de 1993.
"Temos o direito de lhe dizer que assassinou o nosso herói. Ele deve saber disso", acrescentou Panyaza Lesufi, enquanto dezenas de manifestantes protestavam pacificamente do lado de fora do Tribunal Constitucional, que anunciou a libertação de Janusz Walus, hoje com 69 anos, na próxima segunda-feira.
Janusz Walus foi condenado à morte, mas a abolição da pena de morte em 1994 comutou a sua sentença para prisão perpétua.
"Obviamente estou indignado, é muito claro", disse Lenin Mpesi em frente ao Tribunal Constitucional.
"Não vejo por que é que Walus deveria ser solto", acrescentou o ativista do SACP, ao anunciar ser sua intenção contestar legalmente a medida de libertação, que deve entrar em vigor nos próximos dias.
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