"O apoio visa reforçar a base macroeconómica da Guiné-Bissau e é uma marca de confiança" no país, afirmou o embaixador de França no final da assinatura do acordo de disponibilização do apoio financeiro com o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té.
Segundo Terence Wills, o apoio visa também demonstrar que a França está a trabalhar "diretamente com o Governo" guineense, porque a consolidação macroeconómica é "importante para atrair investidores".
O embaixador anunciou também para setembro a abertura da nova escola francesa na Guiné-Bissau, que terá ensino em francês, inglês e português, e a formação de agrónomos para apoio ao desenvolvimento do setor agrícola.
Referindo-se à crise mundial, o diplomata disse que é "uma oportunidade para a Guiné-Bissau mudar o seu modelo económico" e aumentar a sua produção agrícola, não só para a sua autossuficiência alimentar, mas também para exportar para os países vizinhos.
O ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, salientou que o apoio de França mostra que o país está "numa mudança de paradigma".
O governante recordou que desde o conflito político-militar de 1998/1999 que a relação diplomática entre os dois países não estava "tão dinâmica".
"A Guiné-Bissau está numa fase diferente na sua credibilidade internacional", afirmou, salientando que aquela credibilidade também está relacionada com o facto de o país estar a trabalhar com o Fundo Monetário Internacional.
Segundo o ministro, é "chegado o momento de pensar na Guiné-Bissau" e deixar de lado as "questões partidárias", porque o desenvolvimento é para todos os guineenses.
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