O Comité Central exprimiu "profunda tristeza" pela morte de um "grande revolucionário proletário, estadista, estrategista militar e diplomata".
Jiang Zemin foi um "comunista comprovado" e um "excelente líder da causa do socialismo com características chinesas", lê-se na nota difundida pela Xinhua.
A agência lembrou a carreira de Jiang, desde a juventude, quando foi "iluminado pelo patriotismo" na luta contra a ocupação da China pelo Japão, até às suas experiências durante a década de 1960, quando "foi atacado" durante a turbulenta Revolução Cultural, a radical campanha de massas lançada pelo fundador da República Popular, Mao Zedong.
A Xinhua destacou igualmente o contributo de Jiang Zemin, enquanto dirigente, para a implementação de um "Estado de Direito", para o regresso de Hong Kong à soberania chinesa, em 1997, e para a "manutenção de uma política externa independente e pacífica".
A declaração também mencionou a "Teoria dos Três Representantes", formulada por Jiang e aprovada como parte da ideologia do Partido no poder, em 2002. Isto permitiu a integração de empresários do setor privado no PCC.
Jiang Zemin, que ocupou o cargo de Presidente entre 1993 e 2003, morreu hoje, aos 96 anos, vítima de leucemia e falência múltipla de órgãos.
A imprensa local informou que a bandeira nacional localizada na Praça Tiananmen, no centro de Pequim, já foi colocada a meia haste, em sinal de luto.
A notícia da morte do ex-governante está a ser amplamente referenciada e partilhada na rede social Weibo, o equivalente chinês ao Twitter, que está bloqueado no país asiático.
O tema ("hashtag") sobre a morte de Jiang Zemin ultrapassou as 650 milhões de visualizações em apenas uma hora.
Os órgãos de comunicação oficiais como o Global Times ou o China Daily colocaram as suas edições digitais a preto e branco.
O político, nascido na cidade oriental de Yangzhou, em 1926, ocupou o cargo de secretário-geral do PCC, entre 1989 e 2022.
Leia Também: Morreu Jiang Zemin, antigo presidente da China