O governo de Joe Biden está a considerar considerar o Grupo Wagner como uma "organização estrangeira terrorista". A informação foi divulgada por um oficial norte-americano à televisão norte-americana CNN.
A mesma fonte refere, contudo, que ainda não foi tomada uma decisão final, estando em causa um "criterioso processo legal para fazer essa determinação".
Recorde-se que o Grupo Wagner já foi alvo de sanções pelos Estados Unidos.
Desde 2014 que os mercenários do grupo Wagner são acusados de servir os interesses do regime de Vladimir Putin em numerosas zonas de conflito, que se estendem da Síria à Ucrânia, passando por África e América do Sul.
Nos últimos meses, o grupo operou ativamente na frente ucraniana, em apoio ao exército russo. Foi ainda acusado de ter efetuado uma deslocação a diversas prisões russas e recrutar detidos para combater, em troca de uma redução das penas.
Em setembro, Evgueni Prigozhin, 61 anos, reconheceu ter fundado esta organização paramilitar, após anos de negação. No início deste mês, também admitiu ter promovido operações de ingerência eleitoral nos Estados Unidos.
Desde então, promove as suas atividades na Rússia sem encobrimento, um sinal de um reforço do seu poder desde a ofensiva do Kremlin na Ucrânia e o início de uma mobilização militar no país face aos recuos de Moscovo em diversas linhas da frente.
Em outubro, Evgueni Prigozhin abriu o atual "quartel-general" do grupo Wagner, uma torre envidraçada em São Petersburgo.
O complexo foi inaugurado oficialmente no início de novembro, mas Prigozhin afirmou que as autoridades de São Petersburgo recusaram conceder-lhe uma licença de exploração.
Face a esta recusa, Prigozhin acusou na quinta-feira o governador de São Petersburgo, Alexandre Beglov, de apoiar os interesses dos "nacionalistas ucranianos que matam russos". Os dois homens estão há longa data em conflito.
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