A proposta foi aprovada com 290 votos a favor e 137 contra e terá agora que ser votada no Senado, antes da ratificação pelo chefe de Estado.
Biden reuniu-se na terça-feira com os líderes das duas câmaras do Congresso norte-americano, sobre a hipótese de poder impor por lei o princípio de acordo alcançado em setembro, algo que os congressistas têm competência para fazer, com base numa regulamentação de 1926.
A resolução conjunta que chegou à Câmara de Representantes lembra o direito do Congresso de agir quando ainda existem divergências não resolvidas entre as partes, considerando que é do interesse nacional que os serviços de transporte sejam mantidos.
Os sindicatos e representantes do setor fecharam em setembro um acordo provisório que previa um aumento salarial de 24% para os funcionários, além de cláusulas para permitir que estes fossem ao médico ou atendessem a emergências familiares sem serem penalizados, como faz o sistema atual, que não inclui dias de doença.
Trabalhadores de oito sindicatos votaram nos últimos meses a favor desse acordo, mas outros quatro rejeitaram-no e, nos últimos dias, ameaçaram convocar uma greve a partir de 09 de dezembro, pouco antes do Natal.
"O Congresso deve agir. Não será fácil, mas acho que temos que o fazer. A economia pode estar em perigo", tinha alertado Joe Biden na terça-feira, após o encontro com os líderes da maioria democrata e do minoria republicana no Senado e Câmara dos Representante.
Uma interrupção no transporte ferroviário em todo o país, segundo a Casa Branca, afetaria negativamente a economia e causaria mais interrupções na cadeia de distribuição.
O congressista democrata Jim McGovern enfatizou hoje que o impacto económico desta paralisação poderia chegar a 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.900 milhões de euros) por dia.
A decisão de recorrer a um projeto de lei para evitar greves não foi bem recebida por alguns sindicatos.
O co-presidente do sindicato RWU, Gabe Christenson, garantiu em comunicado que "os trabalhadores ferroviários continuarão a lutar pelo que merecem".
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