Câmara de Representantes dos EUA aprova lei para evitar greve ferroviária

A Câmara de Representantes dos EUA aprovou hoje um projeto de lei para evitar uma greve no setor ferroviário na véspera do Natal, paralisação que o Presidente Joe Biden tinha alertado que podia ser devastadora para a economia.

Notícia

© Getty Images

Lusa
30/11/2022 19:21 ‧ 30/11/2022 por Lusa

Mundo

EUA

A proposta foi aprovada com 290 votos a favor e 137 contra e terá agora que ser votada no Senado, antes da ratificação pelo chefe de Estado.

Biden reuniu-se na terça-feira com os líderes das duas câmaras do Congresso norte-americano, sobre a hipótese de poder impor por lei o princípio de acordo alcançado em setembro, algo que os congressistas têm competência para fazer, com base numa regulamentação de 1926.

A resolução conjunta que chegou à Câmara de Representantes lembra o direito do Congresso de agir quando ainda existem divergências não resolvidas entre as partes, considerando que é do interesse nacional que os serviços de transporte sejam mantidos.

Os sindicatos e representantes do setor fecharam em setembro um acordo provisório que previa um aumento salarial de 24% para os funcionários, além de cláusulas para permitir que estes fossem ao médico ou atendessem a emergências familiares sem serem penalizados, como faz o sistema atual, que não inclui dias de doença.

Trabalhadores de oito sindicatos votaram nos últimos meses a favor desse acordo, mas outros quatro rejeitaram-no e, nos últimos dias, ameaçaram convocar uma greve a partir de 09 de dezembro, pouco antes do Natal.

"O Congresso deve agir. Não será fácil, mas acho que temos que o fazer. A economia pode estar em perigo", tinha alertado Joe Biden na terça-feira, após o encontro com os líderes da maioria democrata e do minoria republicana no Senado e Câmara dos Representante.

Uma interrupção no transporte ferroviário em todo o país, segundo a Casa Branca, afetaria negativamente a economia e causaria mais interrupções na cadeia de distribuição.

O congressista democrata Jim McGovern enfatizou hoje que o impacto económico desta paralisação poderia chegar a 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.900 milhões de euros) por dia.

A decisão de recorrer a um projeto de lei para evitar greves não foi bem recebida por alguns sindicatos.

O co-presidente do sindicato RWU, Gabe Christenson, garantiu em comunicado que "os trabalhadores ferroviários continuarão a lutar pelo que merecem".

Leia Também: EUA podem declarar Grupo Wagner como "organização terrorista"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas