A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou hoje, em Nova Iorque, uma resolução reconhecendo que "as grandes manifestações desportivas internacionais devem ser organizadas em espírito de paz" e que convém respeitar "o caráter unificador e conciliador" desses momentos.
A resolução reafirma ainda a contribuição nesse sentido dos movimentos olímpico e paralímpico.
"Ao adotar essa resolução, a Assembleia Geral das Nações Unidas apoia igualmente a missão primordial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, como força unificadora, que agrupa o mundo inteiro numa competição pacífica, livre de qualquer discriminação", disse Bach.
Para o líder do movimento olímpico, "O COI só pode cumprir a sua missão unificadora se os Jogos Olímpicos e Paralímpicos transcenderam as diferenças políticas, culturais e outras, o que só é possível se forem neutros no plano político e não se tornem um instrumento ao serviço de objetivos políticos".
"Isso só será possível com a condição de os Jogos Olímpicos serem neutros no plano político e que não se tornem um instrumento ao serviço de objetivos políticos. É com a maior satisfação que recebemos o apoio sem equívocos dos Estados membros da ONU à neutralidade política do COI e a autonomia do desporto, como está expresso na resolução", disse ainda Thomas Bach.
A resolução foi adotada por consenso na 77.ª sessão da Assembleia Geral da Nações Unidas e contou com a adesão da Rússia e da Ucrânia, inclusivamente.
O COI tem desde 2009 o estatuto de observador permanente na ONU, como reconhecimento da "contribuição inestimável dos movimentos olímpico e paralímpico que fazem do desporto um meio único na promoção da paz e do desenvolvimento", como foi definido na resolução então aprovada.
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