A Costa do Marfim-Terminal, empresa que gere o terminal TC2, "está a levar o porto de Abidjan a uma nova dimensão", disse Philippe Labonne, presidente da Bolloré Africa Logistics, na cerimónia inaugural, em que participou o vice-presidente da Costa do Marfim, Tiémoko Meyliet Koné.
"A infraestrutura portuária pode agora acolher navios de 15.000 contentores, em comparação com apenas 3.500 há algumas semanas. Este novo terminal duplica assim a capacidade anual (...) de um para dois milhões de contentores por ano", continuou Labonne.
Com um custo de 400 milhões de euros, a construção do TC2 foi financiada pelo porto autónomo de Abidjan e por um consórcio composto pelo grupo francês Bolloré Africa Logistics e pelo grupo dinamarquês APM Terminals (Maersk).
O TC2 está equipado com instalações modernas, incluindo seis pórticos e 36 tratores elétricos, e será capaz de receber embarcações de grande capacidade.
O porto de Abidjan, o pulmão económico da Costa do Marfim, assegurou em 2021, mais de três quartos (76%) do comércio do país com o mundo exterior e alcançou um tráfego bruto de 30 milhões de toneladas, anunciou o seu diretor-geral, Hien Sié.
O porto de Abidjan, que registou um crescimento médio de 12% por ano desde 2012, impulsionado por produtos agrícolas, assegura parcialmente o trânsito de mercadorias para países da região sem frente marítima (Burkina Faso, Mali, Níger).
A Costa do Marfim exporta essencialmente produtos agrícolas, com destaque para o cacau, mas também bananas, seringueiras, algodão, mangas, papaia, copra e castanha de caju.
O grupo francês Bolloré anunciou que em breve irá vender as suas atividades logísticas ao armador italo-suíço MSC (Mediterranean Shipping Company) por 5,7 mil milhões de euros, devendo a operação estar concluída "até ao final do primeiro trimestre de 2023".
O ramo Bolloré Africa Logistics, que está envolvido na venda, possui infraestruturas em dezenas de países africanos, incluindo uma rede de 16 concessões portuárias, armazéns e centros rodoviários e ferroviários.
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