No âmbito de uma investigação, as forças de segurança realizaram buscas no quartel-general do grupo, na cidade de Fukuroi, na prefeitura de Shizuoka, no centro do arquipélago do Japão.
Oito membros do YamatoQ, incluindo um dos líderes, foram detidos no final da semana passada, por terem invadido um centro de vacinação na cidade de Yaizu, também em Shizuoka, em março.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, os detidos entraram no centro de vacinação gritando palavras de ordem como: "A vacinação é um ato de assassínio", algo que já tinham feito num outro centro de vacinação em Tóquio, também em março.
A YamatoQ tem feito uma campanha contra a vacinação contra a covid-19 no país asiático e organizado comícios em que nega a existência do SARS-CoV-2, o novo coronavírus responsável pela pandemia.
O grupo tem organizado comícios simultâneos em vários pontos do país ao longo do ano e recorre às redes sociais para disseminar informações falsas, alegando falta de transparência sobre a composição das vacinas, que alegam serem perigosas para a saúde.
O portal do YamatoQ na Internet alega que é um aliado do QAnon, um grupo da extrema-direita de teóricos das conspirações nos Estados Unidos, que tem muitos adeptos no Partido Republicano.
O grupo surgiu após um utilizador anónimo (QAnon) ter publicado, num fórum da Internet, informações falsas alegando ter acesso a dados de agências de segurança dos Estados Unidos sobre um grupo liderado por uma elite corrupta formada por pedófilos satanistas que sequestravam e sacrificavam crianças.
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