O artigo da revista, assinado pela jornalista iraniana-americana Azadeh Movaeni, descreve a evolução da luta das mulheres iranianas através de atos de desobediência até aos protestos que começaram há cinco anos, liderados pela chamada geração Z.
No centro dos protestos mais recentes está a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, presa pela polícia moral por violar o código de vestuário das mulheres, e que provocou "a revolta mais prolongada nos 43 anos de história da República Islâmica", segundo a publicação.
Azadeh Movaeni, no artigo, destaca que as jovens que hoje lideram o movimento pelas mulheres já mostravam o seu "caráter de luta" antes da morte de Masha Amini, pois conseguiram "abolir efetivamente o 'hijab' [véu islâmico] obrigatório" e conduzir a uma modesta modernização do código de vestuário no Irão.
Estima-se que 400 manifestantes foram mortos pelas forças de segurança no Irão, estando as autoridades judiciais a tentar endurecer a punição para alguns dos detidos, cuja idade, segundo a jornalista, é de apenas 15 anos, mostrando o alcance social do movimento.
O espaço da Time para as mulheres iranianas inclui uma entrevista com a ativista Roya Piraei, cuja mãe foi morta a tiro por forças de segurança quando protestava contra a morte de Amini, em setembro passado, e uma entrevista à atriz Angelina Jolie, envolvida em causas humanitárias.
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